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quinta-feira, 21 de março de 2013

Viajando na Economia...


Toda vez que vou a um supermercado e estou pensando sobre a vida, e outras coisas meio problemáticas, procuro ali nas prateleiras uma solução para tal complicação. Sei que existe aquela bela e clássica frase que diz “o dinheiro não compra tudo”, e há quem diga “mas ele facilita muito”,  só que não é disso que estou falando. O amor, a felicidade e afins são produzidos por alguém certo? E os mesmo também são demandados por outros alguéns certo? Então por característica própria, eles são produtos, e tem seu próprio mercado de compra e venda. A grande diferença é que a liquidez da moeda não vale para esse mercado, o meio de troca para obter tais produtos são relacionamentos que dependem diretamente de confiança, carinho e ações altruístas; caso esses últimos falharem, a taxa de câmbio vai depreciar, e será mais difícil de se obter o tão falado amor, estou errado?
Simplificando as coisas, o amor não pode ser encontrado numa loja, ele pode ser encontrado num sorriso, num gesto, num olhar. Mas ele se comporta muito similarmente aos produtos que você obtém num mercadinho pertinho da sua casa.
Quanto mais eu aprendo a teoria economia  mais eu percebo que o Amor, e seus derivados (os outros relacionamentos entre as pessoas) como a amizade, nada mais são que um mercado de produtos simples, que você não encontra em lojas, só encontra em outras pessoas: Carinho, Afeto, Estabilidade, etc.
Claro que por não existir nenhuma lei que regulamenta esses mercados, sempre haverão exceções as minhas teorias apresentadas aqui, logo não pense que é perfeita, é só uma grande verdade que acontece com quase todas as pessoas.
Assim como a Economia em si, que é baseada em dados históricos, tentando estabelecer um padrão do que vai acontecer se uma decisão for repetida, o amor (e seus derivados) pode ser estudado através de experiencias passadas de pessoas confiáveis não é verdade? Logo, o amor é sim, um bem (e serviço) que pode ser estudado pela teoria econômica.
Primeiramente, quando falamos da arte da conquista, onde duas pessoas estão competindo, para ver quem se importa menos, para ver quem vai ter o controle do relacionamento, isso nada mais é que um mercado competitivo, onde aquele que for mais ‘ inelástico’ levará o prejuízo. Não entendeu? Eu explico. Seguindo as leis mais básicas possíveis de Oferta e Demanda; sem precisar observar seus gráficos numéricos, posso dar um pequeno entendimento no que acontece. Perceba que, o termo inelástico  como define o Wikipedia na seção de economia diz: um produto vai ter oferta ou demanda inelástica, quando uma variação no preço, alterar pouco na quantidade demandada (ou ofertada). Traduzindo para os relacionamentos, aquela pessoa que não reagir a mudanças de humor, que deixar passar grosserias, engolir sapos e afins, reagindo pouco aos bons e maus momentos, será domada no relacionamento, pois ela irá ‘ofertar’ seu carinho (e outras coisas mais) independente do que estiver recebendo. Do outro lado da moeda, uma pessoa que for muito elástica  terá um comportamento diferente para cada situação, sendo totalmente inconstante (característica comum do signo de Peixes), será rancorosa quando receber a menor patada que for, e será amorosa com o menor carinho que ganhar. Qual dos dois é melhor? Nenhum, já diz o ditado “tudo em excesso faz mal”, o melhor é ter uma ‘elasticidade unitária’, aquela que modifica seu jeito de ser para cada situação dada, mas que não guarda rancor, nem muda sua essência por coisas pequenas.
Pode ser que minha explicação não tenha servido de nada para você, pois esse conceito de elasticidade (e inelasticidade) foi muito complexo, ou pouco útil. Bem vamos ao próximo tópico. Seguindo ainda as leis básicas de Oferta e Demanda, temos os Excessos de Demanda. Imaginem só a situação: uma garota normal, não tinha muitas pretensões de ficar com um cara muito cobiçado, porém, por um boato que surgiu, ou por uma mudança exógena que não partiu dela, os homens começam a cortejá-la mais que o normal, ela passa a ser mais desejada que antes. Bem, no começo, ela provavelmente não perceberá a mudança, e continuará sem pretensões com um homem mais cobiçado, porém depois que perceber que esta sendo demandada por vários, irá escolher melhor quem dá bola, ou seja, aumentará seu preço, como diz a teoria econômica de Excesso de Demanda, quando existir muitas pessoas interessadas no produto, seja por uma queda repentina no preço por fatores exógenos, os produtores ofertaram menos, e agora, a um preço mais alto.
Ainda não conseguiu entender? Outro exemplo é quando se inicia um namoro, quem nunca ouviu falar que “sempre aparece uns paqueras quando se está namorando”? É simples, a tão fácil concorrência  É como um leilão, o namorado era quem estava mais disposto a pagar, pois teria um Excedente do Consumidor, a um preço maior, enquanto os outros queriam o produto (a moça), só que não estavam tão dispostos assim a tê-la, principalmente num namoro.
Porém, o caso que mais me fez escrever esse texto, é a teoria econômica sobre Riscos. Existe um tópico chamado “ Aversão aos Riscos”, que são pessoas que se sentem melhor não se arriscando, ou seja, preferem manter seu dinheiro numa poupança, que rende pouco, a aplicá-lo num mercado de ações, que lhe dará um lucro mais alto, porém não é tão estável quanto as poupanças. Veja bem, isso existe em relacionamentos humanos, e é fácil de perceber. Você nunca viu um namorado bom demais para sua namorada (e vice-versa)? Nunca teve um melhor amigo (ou amiga) ruim demais? Que você sempre se perguntava o por que dele(a) ser seu(ua) melhor amigo(a)? Já que, normalmente não te entedia, era insensível  ou não estava lá quando você queria… Bem, tenho uma péssima noticia pra você se que já teve um(a) amigo(a), ou ainda tem; você tem aversão a riscos.
Prefere se contentar com aquilo que tem, a se arriscar tentando um novo relacionamento (isso vale para amor e amizade), pois os riscos são altos demais, afinal, todas as pessoas tem falhas certo? A confiança demora demais para ser construída, esse seu amigo defeituoso já sabe demais de você… Daria muito trabalho de mudar… É isso é verdade de certo modo, porém, não muda o fato, que você merece coisa melhor.
A solução? Bem a economia ensina que existe uma solução para o Risco Idiossincrático (quando uma pessoa coloca todos seus ovos numa cesta só, ou seja, só vai ter retorno daquela pessoa, porém, se ela lhe decepcionar, a dor será plena), a Diversificação de Portfólio (ou seja, a diversificação das cestas em que você põe seus ovos). Lógico que a manutenção é mais difícil  quanto mais amigos (e namoros) você tiver mais complicado será de mantê-los (principalmente se forem simultâneos , pois como já disse no meu texto Colo, as pessoas precisam de reciprocidade, então ao mesmo tempo que você deposita seus ovos na cesta de um certo alguém, esse certo alguém faz o mesmo com você. Os capricornianos por natureza, tendem a cair no Risco Idiossincrático, por natureza, então, não tentam mudar isso, pois são Bodes das Montanhas, muito desconfiados por natureza.
Ainda temos tantas teorias econômicas que explicam tantas confusões do amor. Como Monopólio  Oligopólio, Recursos Naturais, Impostos (poder de persuasão  tentativas de controlar uma pessoa, ineficácia do grude, etc). Mais essas teorias não são tão interessantes.
É engraçado que quanto mais eu estudo Economia, mais me apaixono por sua teoria. É a mesma coisa com psicologia, todo mundo chega para mim pra pedir um conselho, imagina só se eu resolvo cobrar? Acho que preciso fazer Psicologia e Direito, Já pensou formada em Economia, aí sim, poderei dar os melhores conselhos para todos. Porém, esse negocio de dar conselho é bem complicado, pois conselhos quase sempre são inúteis (como provavelmente foi esse texto, shiuhsiuhiu). Mas lembrem-se do que Pedro Bial diz sobre conselhos, antes de crucificar um conselho (ou meus textos): “compartilhar um conselho é pescar o passado do lixo, esfregá-lo, repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.”(Pedro Bial é forte).
Conclusão: Relacionamentos amorosos (e afetivos) podem ser explicados de vários jeitos diferentes, porém, como não existe uma lei que force-os a se compararem do mesmo jeito sempre, é impossível prever o que irá acontecer num relacionamento, porém dá pra se ter uma boa noção, inclusive com teoria econômica  afinal, o amor é um produto, caro demais para se comprar com dinheiro, e escasso demais para você deixar de tentar adquiri-lo. Como Julian Casablanca diz em sua música “Oh, people they don’t understand, no, girlfriends, they don’t understand, in spaceships, they won’t understand, and me, I ain’t ever gonna understand”, o amor, as pessoas, as namoradas, as espaçonaves e você mesmo, provavelmente nem se entende. Essa é a magia do amor.

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